É muito comum as pessoas se definirem e se elogiarem como “guerreiras”.
Percebemos este hábito tanto no medíocre vencedor de um popular programa de reality show quanto na mais recente campanha de uma conhecida marca de cerveja.
Prefiro a palavra “lutador”.
Na luta há adversários; na guerra, inimigos. Na luta o objetivo maior é
vencer; na guerra, destruir. Na luta, a violência até pode ser um
caminho; na guerra, é sempre o fim.
Podemos ser amigos dos nossos rivais; dos nossos inimigos, quando
muito, temos misericórdia. Mas é raro. O que se vê é o vale-tudo
convalidado pelos ditados populares que falam de amor e guerra como se opostos complementares fossem.
Embora a maioria não chegue nem perto de saber o que é guerra e muito menos o que é amor.
Querido Victor,
já me faltam as palavras para gostar tanto das tuas crônicas. Como dizer dessa sensação que toma conta da gente quando lemos e a escrita é tão clara, e é refinada a escolha das palavras, não por erudição, mas por um conhecimento atávico. De tal forma que o texto vai te tomando, vai entrando no corpo inteiro (sentes isso) e se torna um conhecimento também teu, para sempre também teu. Como se chama isso. Será arte?
Também penso sobre guerra e luta. Penso muito nisso. Mas de repente organizas todo o pensamento, e mais que isso, trazes uma notícia pacífica, a possibilidade do homem fazer o que mais quer e gosta, que é lutar.
Te amo te admiro e tenho muita sorte em te querer.
beijos de chegada
Mas ese “medíocre vencedor de um popular programa de reality show” também se diz um “lutador”, rsss, porisso criei uma implicância com essa palavra. Porém, entre “guerreiros e lutadores”, prefiro os “destemidos”, que são aqueles que independente de ganhar ou perder, continuam enfrentando a vida e não deixam “a peteca cair”, nunca. Boa reflexão, querido. Saudades de ti e de tuas declamações. Ando meio enrolada por aqui, mas prometo que vou te ligar assim que tiver mais livre para a gente comemorar qualquer coisa, rsss Beijossssssssssss
opa, cheguei aqui através do blog da helena, que recentemente acompanho.
li algumas coisas antigas suas e venho com a questão: como lidar com seus 40 anos? talvez seja melhor encarar a vida que passa através da luta, não de uma guerra.
vencer o medo do tempo que passa. e das rugas. e da sensação de que tudo foi muito rápido ou em vão. uma luta pacífica, lado a lado (não sendo atropelado), fazendo dos “rivais naturais” possíveis aliados de modo a amortecer o caminho.
fernando pessoa jogou os miolos: “pedras no caminho? guardo todas, pois um dia construirei um castelo!”
nossa luta diária por um castelo feito de pedras colhidas pelos caminhos da vida. deixando de lado amores e guerras.
abraços,
karina.